Em 2013, como trabalho de conclusão de curso em Cinema, resolvi desenvolver uma oficina de fotografia para crianças na comunidade vizinha à Universidade, que faz parte de um dos bairros mais ricos da região.
Larissa, Marcelo, Emily, João e Kauã viviam logo ao lado de onde eu estudava, no bairro mais pobre de Santa Catarina. Comigo, eles vivenciaram uma experiência que trabalha suas próprias identidades, fotografando a si mesmos, suas casas, família, colégio e a Universidade.
O processo de alfabetização e desconstrução do olhar envolveu atividades com fotografia analógica, digital, instantânea, pinhole, assim como revelações práticas em laboratório. Ao final, tivemos uma exposição dentro da Universidade.
Crianças correm pelo bairro à procura de uma boa foto.
Autorretrato de Emily e seu olhar e o registro da vista para a Pedra Branca no Bairro Frei Damião.
Contatos com fotografia instantênea Palaroid.
Todo este processo acabou se tornando também um documentário que aborda, tanto questões de desigualdade social e arte educação, como também sobre os caminhos do mundo luz. Ainda que tenha uma vertente política-social, o curta-metragem carrega uma linguagem autobiográfica, mostrando um pouco de como eu mesma comecei a fotografar e filmar.
Hoje, após 7 anos, como seria reencontrar com elas?